Os Tubarões-brancos, também conhecidos como Carcharodon carcharias, tubarão-anequim ou cação-anequim, tornou-se uma das espécies de tubarão mais famosas e temidas.
Tornou-se conhecido por suas características marcantes, como o branco de sua pele, o tamanho impressionante e sua notória força.
Por isso, é interessante saber mais sobre essa espécie admirável que habita os oceanos.
Faremos uma análise detalhada sobre a sua biologia, habitat, alimentação, comportamento e curiosidades sobre este predador que habita os mares.
Biologia dos Tubarões-brancos
Os Tubarões-brancos são animais grandes, podendo chegar a 6 metros de comprimento e pesar até 2 toneladas. Sendo assim, somente seu tamanho e peso são suficientes para causar temor.
A pele desse animal compõe-se por dentículos dérmicos, que atuam como uma espécie de armadura, protegendo-o de lesões e do atrito com a água.
Sua coloração branca determina sua camuflagem embaixo d’água, já que ajuda a refletir a luz do sol e confunde suas presas facilmente.
Nossos grandes guerreiros do mar são animais ovovivíparos, ou seja, seus ovos são chocados no corpo da fêmea e os filhotes nascem independentes.
A gestação dura 12 meses, em média, nascem de 2 a 12 filhotes por ninhada.
Os filhotes, chamados de “cascos”, medem cerca de 1,5 metros e obedecem seus instintos de caçar desde o nascimento. Isso se torna mais um motivo para este predador ser tão temido.
Tubarões-brancos podem viver até 70 anos, embora hoje em dia dificilmente passem dos 20 devido a ações humanas.
Habitat
Tubarões-Brancos são encontrados em águas temperadas e tropicais, em todos os oceanos do mundo.
Pode mergulhar até 1.200 metros de profundidade e nadar em velocidades de até 70 km/h.
Esses animais tendem a ter preferencias sobre as águas em que nadam, com temperaturas entre 12°C e 24°C, e costumam habitar áreas próximas a ilhas e continentes.
Alimentação dos Tubarões-brancos
Os Tubarões-brancos são predadores oportunistas e se alimentam de uma variedade de presas, como peixes, focas, leões-marinhos, golfinhos e até mesmo baleias.
Possuem um olfato muito aguçado e conseguem sentir o cheiro de sangue a quilômetros de distância.
Além disso, sua mordida é extremamente forte, podendo causar graves ferimentos.
Comportamento
Os Tubarões-brancos são animais solitários e não costumam formar grupos. Sendo nadadores ativos e viajam longas distâncias em busca de alimento.
Apesar de sua reputação de predadores implacáveis, os ataques a humanos são relativamente raros.
Geralmente, esses predadores dos mares não se interessam por seres humanos e, quando ocorrem ataques, provavelmente o grande predador confundiu o humano com outras presas.
Tubarões-brancos vs humanos
As chances de um ser humano escapar de um ataque de Tubarões-brancos dependem de vários fatores, como o tamanho do tubarão, a gravidade da agressão, a localização e a prontidão dos serviços de resgate.
No entanto, caso ocorra um encontro desagradável com um desses animais marinhos, é importante agir calmamente e tomar medidas para aumentar suas oportunidades de escapar.
Alguns especialistas em vida marinha sugerem as seguintes medidas:
1. Mantenha a calma: mesmo que seja difícil, no encontro com o animal marinho torna-se fundamental não entrar em pânico, pois, movimentos bruscos podem despertar o instinto de caça do tubarão.
2. Proteja-se: se estiver nadando ou mergulhando, procure se posicionar para ficar de frente com o tubarão, mantendo-o sempre em sue campo de visão.
Caso ele se aproxime, tente se posicionar entre ele e alguma estrutura ou objeto sirva como barreira.
3. Utilize objetos como defesa: caso tiver acesso a algum objeto próximo, como uma prancha de surf ou qualquer outro objeto sólido, utilize-o para se defender.
Tente atingir os olhos ou as brânquias do tubarão, áreas sensíveis que podem fazer com que ele recue.
4. Saia da água: se possível, nade em direção à praia ou a alguma embarcação próxima.
O objetivo é sempre ter uma distância segura entre você e o tubarão.
5. Procure ajuda médica imediatamente: mesmo que tenha conseguido escapar do ataque do tubarão, porque é essencial buscar atendimento médico imediato para avaliar a extensão dos ferimentos para evitar complicações.
Devemos ressaltar que essas medidas são apenas sugestões gerais e cada situação pode ser diferente.
O comportamento dos tubarões pode variar, sendo sempre recomendado seguir as orientações de especialistas em vida marinha.
Respeitar as regulamentações locais em relação à segurança nas águas onde ocorrem atividades aquáticas, torna-se de fundamental importância para evitar acidentes graves.
Os poderosos do mar também são alvo
O Tubarão-branco é uma espécie que não possui predadores naturais, com exceção das orcas e dos seres humanos.
No entanto, está classificado como vulnerável pela IUCN devido à pesca exploratória intensa, focada em suas nadadeiras, carne e óleo, além do bycatch (pesca acidental).
Suas mandíbulas e dentes são valiosos no mercado, podendo ser vendidos por altos valores.
A pesca recreativa também representa uma ameaça, devido ao interesse e competição em capturar esses tubarões.
Embora alguns países tenham implementado medidas de conservação, a imagem dos grandes predadores entre a população dificulta sua proteção.
O ecoturismo e o mergulho surgem como alternativas educacionais e lucrativas, porém, as populações de predador dos mares ainda enfrentam alto risco de colapso.
Tubarão-branco no cinema
O cinema é o principal responsável pela imagem ruim que a população tem dos Tubarões-brancos devido à representação exagerada e muitas vezes fictícia do animal em filmes como “Tubarão” de 1975 de Steven Spielberg.
Infelizmente, o filme o apresentou o animal aquático como uma máquina assassina em série que ataca sem motivo aparente.
Desde então essa imagem negativa persiste na cultura popular, apesar das evidências científicas mostrarem que os ataques de tubarão são raros e geralmente ocorrem devido a erros de identificação ou defesa territorial.
A cada filme sobre tubarões que surge no cinema causando representação negativa, o grande poderoso do mar, contribui para alimentar um ambiente de medo e resulta na morte de milhões de tubarões a cada ano.
Além disso, devemos lembrar que esses animais são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos e que os ataques a humanos são raríssimos.
