O Caracará (Caracara plancus) é uma espécie de ave de rapina encontrada em várias regiões do continente americano.
Também é conhecido por outros nomes em território nacional como carancho, caracará, caracaraí, gavião-de-queimada ou gavião-calçudo.
Essa ave pode ser facilmente identificável por sua aparência distintiva e comportamento característico. Trata-se de um falcãozinho que, geralmente, vive sozinho ou em casais, tendo comportamento diurno.
Características físicas
O Caracará é uma ave grande e robusta, com uma envergadura de asas que varia de 110 a 130 cm. Mede entre 50 a 55 cm de comprimento, tendo o peso de 800 a 950 gm.
Possui uma cabeça grande e um bico poderoso azul-claro, curvado na ponta e usado para capturar presas certeiramente.
Nosso charmoso amigo tem um padrão de penas distintivo, com uma plumagem preta na cabeça, pescoço, asas e cauda, e penas brancas no peito e barriga.
Os olhos são grandes e de cor amarela, e as pernas são curtas e fortes. Os pés dessa ave de rapina são amarelos.
Além disso, outra característica marcante da ave é sua ceroma, pois, ela tem coloração alaranjada em indivíduos adultos e rosa nos jovens.
Habitat e distribuição geográfica
O Caracará é encontrado em várias regiões do continente americano, podendo ser visto no sul dos Estados Unidos, no Brasil está mais presente no sudeste e nordeste.
A espécie tornou-se especialmente comum no Pantanal, onde pode ser vista voando sobre as planícies abertas ou pousada em árvores altas.
Nosso amigo imponente também encontra-se em savanas, florestas tropicais e até mesmo em áreas urbanas.
Subespécies
Caracará é uma ave de rapina da família Falconidae, e existem duas subespécies reconhecidas: Caracara plancus plancus e Caracara plancus cheriway.
A subespécie Caracara plancus plancus encontra-se na América do Sul, desde a Colômbia e Venezuela até o sul da Argentina e Chile.
Esta subespécie é conhecida como Caracará-de-cabeça-amarela, possuindo uma cabeça amarela brilhante com uma faixa negra na base do bico.
Além disso, o Caracara plancus plancus, tem uma plumagem preta e branca, com um peito branco e uma barriga preta. Trata-se de uma ave muito inteligente de beleza exuberante.
A subespécie Caracara plancus cheriway encontra-se na América Central e do Norte, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina.
Esta subespécie é conhecida como Caracará-nortenho com uma cabeça preta com um bico cinza-escuro. Eles têm uma plumagem preta e branca, com um peito branco e barriga preta.
Embora sejam subespécies diferentes, ambas são semelhantes em aparência e comportamento. São aves oportunistas e se alimentam de uma variedade de presas, incluindo animais mortos, invertebrados e pequenos mamíferos.
Em situações adversas essas aves se alimentam de frutas e insetos, portanto, comprovando serem realmente adaptáveis e inteligentes o bastante para garantir sua sobrevivência em tempos difíceis.
Ambas as subespécies de Caracará são encontradas em habitats abertos, como pradarias, savanas e áreas agrícolas.
Eles são avistados frequentemente empoleirados em postes ou árvores, procurando por presas ou monitorando o ambiente em busca de ameaças.
Comportamento
O Caracará tornou-se uma ave altamente adaptável com a evolução do tempo, sendo encontrada em uma variedade de habitats diferentes nas Américas.
Trata-se de uma ave diurna e frequentemente vista voando em busca de presas.
Nosso amigo tem uma dieta totalmente variada, incluindo pequenos mamíferos, aves, répteis, insetos e até mesmo carniça.
Essa ave é uma espécie inteligente e social, sendo frequentemente vista em pares, geralmente sendo casais. Quando visto em pequenos grupos, trata-se da família, pais e filhos.
Por ser uma ave sagaz e adaptável, ela também ficou conhecida por roubar comida de outras aves e animais com facilidade, tratando-se de uma ave experiente.
Reprodução
O Caracará é uma espécie monogâmica e se reproduz uma vez por ano. O acasalamento geralmente ocorre entre junho e julho, e o casal constrói um ninho feito de galhos e forrado com folhas e capim.
Sendo assim, o ninho dessa ave é muito grande e bem construído visando garantir a segurança dos filhotes.
Curiosamente por algum motivo também usam o ninho de outras aves, comprovando mais uma vez sua inteligência diferenciada.
A fêmea normalmente põe dois a três ovos brancos, em casos raríssimos acontece de botar quatro. A incubação dos ovos ocorre por cerca de 30 dias, variando os nascimentos dos bebês.
Sendo assim, os filhotes dependem dos pais por um tempo significativo e conseguem voar após cerca de 50 dias.
Conservação
O status de conservação das espécies de Caracará varia conforme a região em que são encontradas. No geral, a espécie não é considerada ameaçada de extinção, mas enfrenta alguns desafios de conservação.
Na América do Sul, a subespécie Caracara plancus plancus tornou-se classificada como “pouco preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
No entanto, a degradação do habitat, a caça e o envenenamento por agrotóxicos são ameaças significativas.
Na América do Norte, a subespécie Caracara plancus cheriway classifica-se como “quase ameaçada” pela IUCN, devido à perda de habitat, à fragmentação do meio ambiente e à mudança climática.
A construção de estradas e cercas também representa uma ameaça para a espécie, afinal, pode levar a atropelamentos e capturas.
Embora não haja uma avaliação completa do status de conservação da subespécie no Brasil, a degradação do habitat, a caça e infortúnios por agrotóxicos são ameaças significativas para a espécie.
Além disso, infelizmente nosso amigo é vulnerável a atropelamentos em rodovias.
Algumas iniciativas de conservação dessa formidável ave já estão em andamento no Brasil.
Por exemplo, programas de educação ambiental desenvolvidos para conscientizar a população local sobre a importância da espécie e promover práticas agrícolas sustentáveis.
Além disso, algumas áreas protegidas, como parques nacionais e reservas ambientais, oferecem proteção legal para a espécie e seu habitat.
Para conservar imediata do Caracará, é fundamental proteger seus habitats e reduzir a exposição a produtos químicos tóxicos.
Os esforços de conservação também devem incluir a sensibilização e a educação da população local sobre a importância da espécie e a necessidade de protegê-la.
Contudo, programas de monitoramento populacional e pesquisa sobre a biologia e ecologia da espécie podem ajudar a orientar futuros esforços de conservação.
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