A Cara-suja-do-pantanal, conhecido como Tiriba-de-cara-suja, é uma espécie de ave que habita regiões úmidas da América do Sul, em países como Bolívia, Paraguai, Argentina.
Sendo encontrada principalmente no Pantanal, mas também em outras áreas como a Amazônia, o Cerrado e o Chaco na Bolívia.
Este periquito é popularmente conhecido como “cara suja” devido à sua plumagem marrom-escura na cabeça, que dá a impressão de que ela está suja. Esta espécie de ave pertence à ordem Psittaciforme da família Psittacidae.
Descrição
A Cara-suja-do-pantanal é uma ave de tamanho médio, com variações de 20 cm a 25 cm de comprimento e pesando cerca de 60 gramas.
Os machos são facilmente reconhecidos por sua plumagem com cor vibrante na cabeça denominada de capuz, enquanto as fêmeas têm uma coloração mais discreta, marrom-oliva no dorso e cabeça, e amarelo-esverdeado na garganta e peito.
Machos e fêmeas têm asas com penas verdes, sendo que a extremidade do membro contem plumagem azul e a cauda é vermelha com tons alaranjados.
As subespécies encontradas na região da Bolívia, possuem cores mais opacas. As plumagens avermelhadas são mais extensas no ventre e possuem menos tons de azul nas asas.
Em comunidade trata-se de animais harmoniosos, demonstrando energia positiva no grupo e encantando todo o ambiente com sua alegria.
Habitat e Distribuição do periquito da Cara-suja-do-pantanal
Existe Cara-suja-do-pantanal me habitats úmidos, como pântanos, brejos, campos inundáveis, margens de rios e lagos.
Esse periquito é uma ave migratória, e as populações que habitam o Pantanal, migram para a região Amazônica durante a época de reprodução, que ocorre entre os meses de setembro a janeiro.
Não há dúvidas que o trajeto entre os estados, é uma jornada árdua para as aves.
Durante a época de reprodução, a Cara-suja-do-pantanal é encontrada em áreas alagadas da floresta amazônica, onde constrói seu ninho em arbustos ou árvores.
Naturalmente esses periquitos como quais quer outras aves, buscam encontrar o lugar mais seguro para fazer seus ninhos para manter seus filhotes protegidos de predadores regionais.
Alimentação
A alimentação da Cara-suja-do-pantanal se compõe principalmente por insetos e sementes. Ela é uma ave onívora, e sua dieta varia conforme a época do ano e a disponibilidade de alimento.
Durante a época de reprodução, a alimentação torna-se composta principalmente por insetos, como besouros, grilos e gafanhotos, capturados em voo ou em galhos de árvores. Já no período de inverno, a alimentação se concentra em sementes, principalmente de gramíneas.
Comportamento da Cara-suja-do-pantanal
Por ser uma ave social e gregária, a Cara-suja-do-pantanal facilmente se encontra em bandos de até 100 indivíduos. Algo maravilhoso para encantar os olhos!
Durante a época de reprodução, os machos constroem seus ninhos em arbustos ou árvores, e realizam exibições para atrair as fêmeas, vocalizando e exibindo suas cores vibrantes.
Após a conquista dos machos, as fêmeas põem cerca de 4 a 6 ovos, incubados por cerca de 20 a 24 dias. Os filhotes nascem sem plumagem, sendo alimentados pelos pais até se tornarem independentes.
Expectativa de vida
A expectativa de vida de uma Cara-suja-do-pantanal na natureza estima-se que seja de 15 anos. No entanto, isso pode variar segundo as condições do ambiente onde a ave vive, a disponibilidade de alimento, o sucesso reprodutivo e outros fatores.
Em cativeiro, essa espécie pode viver até cerca de 25 anos. Vale ressaltar que a média de vida de uma ave varia conforme diversos fatores, como predadores, doenças, desastres naturais, entre outros. Além disso, aves silvestres requer licença das autoridades ambientais.
Conservação
A Cara-suja-do-pantanal não é considerada uma espécie ameaçada de extinção, sendo classificada como de “Preocupação Menor” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Embora nos anos da década de 1980 essas aves tenham sido alvo de caçadores.
No entanto, como a maioria das aves, ela fica prejudicada pela perda de habitat e pela poluição. Além disso, a captura para o comércio ilegal pode sim mudar esse histórico atual, a exemplo da espécie de Periquito-cara-suja do Ceará.
Essa espécie de periquito que muitos anos antes eram encontrados em outros estados brasileiros atualmente só pode ser vista no Ceará.
Uma realidade muito triste que não queremos para nossos queridos amiguinhos da Cara-suja-do-pantanal, portanto, não é apenas papel governamental proteger as aves de nosso país, mas também da comunidade.
A preservação e a sustentabilidade do meio ambiente são uma obrigação de todos, mesmo que algo pequeno seja feito individualmente.
